Inteligência sempre foi a nossa ferramenta mais poderosa; nascida no corre, na favela, na intuição. Inteligência, pra gente, é saber elaborar a revolta, planejar o ataque e entregar com o molho que só a gente tem.
A gente é bonita pra caramba.
Agora o mundo se encanta por uma inteligência artificial, revolucionária,que promete dar resposta rápida pros problemas do futuro.
Mas do lado de cá, a conta não fecha.
A Criptofunk volta pra Maré em 2024 pra questionar: se o futuro está sendo escrito em código, quem está com a caneta na mão? Algoritmo nenhum decidirá por nós.
Entre a batida do funk e dos nossos corações vamos explorar, criar, hackear as tecnologias do futuro para que elas sirvam aos nossos sonhos, às nossas lutas, às nossas vidas do presente.
A inteligência do futuro é nossa, feita nas favelas, com a cara e o rebolado de quem sempre criou na rua.
Na Criptofunk Número Cinco vamos abrir a caixa preta da inteligência artificial. Vamos imaginar uma tecnologia que entenda nosso corpo, nosso som, que respeite nossas tradições e que nos impulsione para um futuro mais feliz.
Brota!
Programação completa - 2024
22 NOV, SEXTA-FEIRA
10h – 11h
Bora? Decolonize seus quadris!
Convidada: Maria Chantal
A nossa estrela confirmada de todas as edições, Maria Chantal, vai abrir nossa Criptofunk. Nada melhor do que começar o dia entendendo seu prazer, seu corpo e descolonizando quadris, né? E nem precisa se preocupar em tomar café em casa, se tu chegar bem cedo vai ter cafezinho na faixa te esperando antes da aula. E tá mais do que bom né, mana? Já vai ter conhecimento, tecnologia e reboladas… só brota no setor!
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
11h - 12h30
IAí? O que raios é Inteligência Artificial?
Mediação: Sil Bahia
Participação: Debora Pio, Osvaldin Eugenio, Deize Tigrona, Vic Argôlo, Marina Mahfuz
A gente vem ouvindo, vendo, se espantando e se animando, mas até agora ninguém te explicou direito o que é Inteligência Artificial, né?! Seja bem-vinda, esse é o debate de abertura da CriptoFunk. Só nomes de peso para te mandar a visão sobre:
- O que é IA?
- Como posso começar a usar no meu dia a dia?
- O que é bom e o que é ruim na IA?
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
11h - 19h
INSTALAÇÃO "Bota a cara: vendo pelos olhos do algoritmo"
Coordenação: André Pecini e Rubia Marafigo
Vamos instalar um mecanismo de interação e sensibilização com tecnologias de reconhecimento facial! Vamos descobrir como os algoritmos leem suas expressões em tempo real. Bora ver o que as máquinas dizem do seu rosto – e, quem sabe, dar uma bagunçada nelas também! É selfie em outro nível!
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
12h30 - 13h30
ALMOÇO
14h - 15h30
"Passando a visão: vieses e impactos do reconhecimento facial"
Participação: Jararaca Lab, Tecnosfera Lab, Tire Meu Rosto da Sua Mira
A oficina explora os aspectos técnicos e éticos do reconhecimento facial. Inicia com uma apresentação de conceitos básicos, usando infográficos acessíveis para explicar como máquinas processam imagens e os fundamentos de IA e visão computacional. Em seguida, promove uma discussão sobre as limitações e vieses dessas tecnologias, além dos impactos éticos.
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
Inteligência artificial, tecnoautoritarismo e vigilância
Coordenação: Vinícius Fernandes da Silva
Exibição do documentário “Corpo Vigiado”, produzido pela Data Privacy Brasil, que conta histórias muito diferentes de pessoas que de alguma forma veem a tecnologia como o meio pelo qual sofrem ameaças e são oprimidas. Ao mesmo tempo, a tecnologia também é uma das formas mais poderosas de contra-atacar. Após a sessão, convidaremos algumas participantes do documentário, que juntamente com a equipe de produção do curta irá discutir vigilância, tecnoautoritarismo e IA.
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
15h30 - 16h
LANCHE
16h - 17h30
Cuidados digitais e+
Participação: Lari Milhorance (TechMOV Infocria – Belford Roxo/RJ) e Thiane Neves (Rede Transfeminista de Cuidados Digitais de Belém/PA).
Com o avanço da IA temos estratégias para nos proteger? Ou estamos mais lascados ainda? Na oficina, vamos fofocar sobre como as grandes corporações estão nos utilizando como produto para treinar IAs que vão nos oferecer produtos. Tua chance pra pegar a visão sobre caminhos de proteção para os furtos de nossos dados e nossas lindas caras para fins de treinamento dessas plataformas. Será que tem como evitar? O que pode ser bom e o que pode ser perigoso? Pia pra saber!
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
Qual IA queremos?
Participação: Dhiego Monteiro
Pessoas LGBTQIAP+ dissidentes das normas que “definem” o que se entende por ”feminino” e ”masculino” também sofrem com as tecnologias de reconhecimento facial. Isso porque os algoitmos são treinados com bancos de dados que veem o ser humano universal como cisgênero, heterossexual, diádico e branco. Existem iniciativas para incluir pessoas trans nesses bancos de dados, mas até que ponto isso seria positivo? Partindo da suposição que ser trans é justamente não se ter um padrão, parece contraditório e impossível de se alcançar. Queremos essa IA? Há alguma forma segura dela existir? São alguns dos questionamentos propostos na atividade.
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
18h - 19h30
IA e segurança pública na Maré
Mediação: Elena Wesley (data_labe)
Participação: Lucas Andrade (DPO Polícia Civil), Maíra Fernandes (ABRACRIM), Liliane Santos (Eixo de Segurança da Redes da Maré)
É aqui que todo mundo se encontra. Representantes do poder público, da universidade e da favela vão falar o que tão pensando sobre o impacto da IA nas nossas vidas. A partir das discussões do dia, vamos elaborar uma carta-manifesto com as pessoas presentes. É a Criptofunk pautando política pública, porque se o futuro é nosso, então é a gente que decide sobre ele.
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
19h30 - 20h30
"Pinta a cara: quem vê cara não vê vigilância"
Coordenação: Pietra Milani
A oficina visa conscientizar sobre táticas de resistência contra vigilância facial, incentivando um momento lúdico e criativo. Inspirados por padrões antivigilância, os participantes aprendem técnicas de maquiagem que dificultam o reconhecimento facial, expressando formas individuais de resistência e subversão.
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
18h - 19h30
DJ SET // FUNK ⋆. ˚ ✮ 🎧 ✮ ˚. ⋆
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
23 NOV, SÁBADO
10h - 11h30
Oficina: Sarra Yoga
Mediação: Gilberto Vieira (data_labe)
Pessoa convidada: Tainá Antônio
De vez em quando a gente ouve que uma grande descoberta foi feita por uma pessoa que a gente nem imaginava ser a verdadeira dona. Alguns chamam isso até de apropriação, e a gente sabe que isso rola MUITO. Agora, tu sabia que a Yoga era praticada pelos egípcios? Não? Tu acha que Yoga é uma parada muito lenta e calma? Acha? Então, pelo amor de Deize Tigrona, põe a tua lycra, uma bandana, respira fundo e vem suar com a gente. SARRA, SARRA, SARRA, YOGA!
📍 Local: Museu do Amanhã
11h30 - 13h
Oficina: Crie seu primeiro algoritmo
Mediação: Polinho Mota (data_labe)
Pessoa convidada: Rafael Bantu
É isso mesmo, você vai vir pra oficina e vai sair com seu primeiro algoritmo debaixo do braço. E nem precisa ter feito Excel avançado na adolescência (e quem fez?), a gente vai fazer de forma analógica e você vai se ligar em todos os aspectos necessários para programar um algoritmo e ainda fazer o seu. Além disso, vamos te mostrar os tipos mais comuns e trocar uma ideia sobre eles. SÓ BROTA SEM ATRASAR, PORQUE O PIQUE É ACELERADO!
📍 Local: Museu do Amanhã
13h – 16h
INTERVALO
16h - 17h30
Debate: Barrados no Baile! Inteligência Artificial, Reconhecimento Facial e Direito à cidade
Participação: Yasmin Rodrigues (Tire Meu Rosto da Sua Mira), Julia Abad (Jararaca Lab) e Caio Brasil (O Panóptico)
Vamos refletir sobre quem tem direito à cultura, à rua e ao lazer em um contexto de avanço do Estado policial e de vigilância por meio do uso de reconhecimento facial na segurança pública. Em Sergipe, no Rio ou em Salvador, pessoas foram presas em celebrações públicas por terem suas identidades confundidas pela tecnologia, todas elas negras. Que corpos o reconhecimento facial têm barrado dos bailes? Quem fica com o direito à festa?
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
Debate: Cultura como Tecnologia de Convivência
Mediação: Letícia Marinho e Taty Maria (Casa Fluminense)
Participação: Dudu de Morro Agudo – Enraizados, Roberta Costa de Yemonja – Águas do Amanhã, Osmar Paulino – FAIM, Bloco Loucura Suburbana e Zona de Cinema
No Bonde Casa, circuito cultural metropolitano idealizado pela Casa Fluminense, a cultura assume papel central na construção de identidades e no fortalecimento das comunidades periféricas como territórios de potência e inovação social. Neste debate, as iniciativas citadas no ebook produzido pela Casa Fluminense, vamos discutir como as produções culturais vividas pelo Bonde Casa representam um caminho para disputar e viver as cidades através da cultura.
📍 Local: Galpão Ritma – Maré
18h - 19h30
PROGRAMAÇÃO EM PARCERIA COM A MOSTRA MARÉ DE MÚSICA
19h às 20h – Afrofunk
20h às 21h – Pocket
21h às 22h – Larinhx + Deize Tigrona + Preta QueenB Rull
22h30 – Valesca Popozuda 🔥
📍 Local: Centro de Artes da Maré – CAM